2009年2月18日 星期三

Venda de casa própria cresce 220%

Crise econômica mundial não assustou os paulistas que, em janeiro, fecharam 12,9 mil contratos para a compra de imóveis a prazo, num total de R$ 569,70 milhões em crédito liberado pela Caixa Econômica Federal

LUCIELE VELLUTO, luciele.velluto@grupoestado.com.br

O número de imóveis financiados no Estado de São Paulo pela Caixa Econômica Federal cresceu 220% em janeiro deste ano na comparação com o mesmo período do ano passado. No Estado, que representa 28% destas operações da Caixa no País, foram financiados 12.979 imóveis no primeiro mês de 2009 - R$ 569,70 milhões em crédito -, enquanto que em janeiro de 2008 esse número foi de 4.046 unidades - R$ 199,5 milhões para a compra de imóveis.

O superintendente regional da Caixa em São Paulo, Augusto Bandeira Vargas, explica que o crescimento de janeiro acompanha o ritmo aquecido nas contratações de financiamentos desde julho do ano passado - em dezembro foram 13.130 contratos, apenas 1,5% a mais do que no primeiro mês deste ano. “Também pode haver a influência da retração de outras instituições financeiras para a liberação de crédito habitacional. Mas janeiro, que é um mês mais fraco em todos os anos, mostrou bons resultados em 2009”, afirma. O banco estatal é responsável por mais de 60% das operações de financiamento imobiliário no País.

Distribuição

Dentro dos quase 13 mil contratos há imóveis novos, usados, além de crédito para material de construção, informa Vargas. O presidente do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis Residenciais e Comerciais de São Paulo (Secovi-SP), João Crestana, acredita que há influência das unidades novas compradas em 2007, entregues pelas construtoras no final de 2008 e início de 2009. “O ano de 2007 foi fora do comum em vendas. Isso explicaria o dobro dos financiamentos, pelo menos”, comenta. “O comprador que fez um financiamento não está devolvendo. Não há desistência por causa da crise e a inadimplência não cresceu acima dos patamares que sempre foram registrados”, afirma ele.

O diretor de economia do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP), Eduardo Zaidan, também acredita na influência de imóveis novos nos resultados de financiamento habitacional da Caixa. “O setor de construção manteve as obras e os planos dos imóveis que já tinham sido vendidos. Isso não parou e muitos empreendimentos serão entregues ao longo de 2009. O que nos preocupa é que novos imóveis não deverão ser construídos no mesmo ritmo nos próximos anos”, diz.

Para Crestana, a compra da imóveis em janeiro e fevereiro costuma ser mais fraca e este ano não tem fugido da normalidade. “Produto bom e com preço está vendendo. As construtoras estão lançando os melhores produtos, como o cliente está selecionando os melhores empreendimentos e os bancos os melhores clientes. É um momento de seletividade do mercado”, diz.

Balanço

No País foram 45.975 contratos assinados em janeiro, o que representa um crescimento de 155% em relação ao mesmo mês do ano passado, movimentando R$ 1,91 bilhão em aquisição de imóveis. Historicamente, foi o melhor janeiro em contratações para o banco.

Em São Paulo, 4.735 contratos fechados no primeiro mês de 2009 utilizaram recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), movimentando R$ 254 milhões em crédito habitacional.

Outros 8.116 contratos usaram a modalidade com financiamento por meio do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE), o que representa R$ 310 milhões emprestados para aquisição da casa própria.

Somente o Construcard, modalidade de crédito oferecida pela Caixa voltada à pessoa física para o financiamento de material de construção e compra de terrenos com uso de recursos da poupança, fechou 5.806 contratos no período, movimentando um montante de R$ 63.873 milhões.

PRINCIPAIS LINHAS DA CAIXA

Carta de Crédito FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) - Aquisição de Novos e Usados

Modalidade para quem tem renda bruta familiar entre R$ 415 e R$ 4,9 mil. O financiamento mínimo é de R$ 1,5 mil e vai até R$ 130 mil, com taxas de juros entre 3,75% e 8,16% ao ano. O prazo chega a 360 meses.

Carta de Crédito SBPE (Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo) - Aquisição de Novos e Usados

Essa modalidade não tem limite de renda familiar e financia imóveis de até R$ 350 mil de valor venal, oferecendo uma carta de crédito de até R$ 245 mil. A taxa de juros anual varia entre 7,3% a 12,15%. O prazo é de até 360 meses.

Carta de Crédito FGTS - Construção (Conclusão, ampliação, melhoria, construção ou aquisição de terreno)

Para quem tem renda familiar de R$ 415 a R$ 4,9 mil. O valor mínimo do crédito é de R$ 1,5 mil e vai até R$ 130 mil. A taxa de juros vai de 4,5% até 8,16% anual, com prazo de até 360 meses para quitar a dívida.

Carta de Crédito SBPE - Construção (Aquisição de terreno e construção)

Não há limite de renda para o contratante. A modalidade financia no mínimo R$ 15 mil e no máximo R$ 245 mil para imóveis de valor venal até R$ 350 mil. A taxa de juros varia entre 8,10% e 11,7%, com prazo de até 180 meses.

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